O líder parlamentar do PSD considerou hoje que o relatório sobre a décima avaliação ao programa de assistência deve ser entendido como «um apelo a todos» para o compromisso, reiterando a disponibilidade dos sociais-democratas para o diálogo.
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«É um documento que também deve ser entendido como um apelo a todos - nós não deixaremos de fazer a nossa parte, estamos disponíveis e abertos a poder dialogar com o PS - este relatório também apela a este sentido de compromisso que nós também gostaríamos que o PS se pudesse envolver, concretizando as suas propostas», afirmou o líder da bancada do PSD, Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas no Parlamento.
Num comentário ao relatório do Fundo Monetário Internacional sobre a décima avaliação ao Programa de Assistência Económica e Financeira, hoje divulgado, Luís Montenegro recuperou assim o apelo aos socialistas, que tem sido sistematicamente repetido pelos sociais-democratas, apontando as áreas onde deveria existir um compromisso entre partidos.
«O ponto principal e o ponto chave é que Portugal tem de se confrontar de ter um ciclo de crescimento que não pode ser prejudicado por aquilo que está subjacente a um descontrolo da despesa pública», disse, insistindo que «isso pressupõe compromissos» relativamente a objetivos concretos, como a definição de tetos para a despesa primária, a definição das prioridades de investimento e a definição do aproveitamento de fundos comunitários e principais reformas na área do Estado.
«Tudo isto poderá ser favorecido se em Portugal os principais agentes políticos e também os principais partidos políticos se possam entender», acrescentou, sublinhando que o PSD tem intenção de conciliar estes «desafios importantes» com «algum alivio fiscal nos próximos anos».
O PS, pela voz de Pedro Marques, insiste que o Governo chega tarde, salientando que «andou todo este tempo sem querer envolver o PS».