CDS pede demissão do presidente da CP ou do próprio ministro do Planeamento. Governo rejeita responsabilidades e devolve críticas à direita. BE está preocupado com comboios de longo curso e Fertagus.
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"O senhor ministro não tirou consequências. Ou vai pagar o que deve à CP ou vai tirar consequências, demitindo-se ou demitindo o presidente da CP", exigiu Hélder Amaral, deputado do CDS, ao ministro Pedro Marques, no final do debate sobre a degradação da ferrovia.
No mesmo sentido, Emídio Guerreiro, do PSD, acusa o Governo de não saber pedir desculpa. "Lamento que o senhor ministro não seja capaz de assumir as responsabilidades e, num exercício de humildade e de respeito para com os portugueses, assumir aqui na Assembleia da República que as coisas não correram bem", disse o deputado social-democrata.
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, devolveu as críticas, respondendo que a degradação do setor é responsabilidade do Governo que geriu o país durante o resgate da Troika.
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Governo rejeita privatização, BE preocupado
Pedro Marques assegurou, em resposta ao Bloco de Esquerda, que, com este Governo, "não há privatização da CP, não há privatização da EMEF e não há privatização das linhas lucrativas da CP".
O deputado Pedro Filipe Soares quis saber se o futuro contrato de serviço público a ser celebrado entre o Estado e a CP contempla ou não os comboios de longo curso e a exploração futura da Fertagus. O ministro do Planeamento não deu respostas concretas, garantindo apenas que a CP não vai ser privatizada.
PCP e Os Verdes centraram a atenção nos recursos humanos, entendendo não serem suficientes os reforços prometidos pelo ministro para o setor.