Maria Luís Albuquerque diz que plano do Governo "é muito curto para o que o país precisa" e que o Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas "são documentos para Bruxelas ver".
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"O Programa de Estabilidade e o Programa Nacional de Reformas nem asseguram a estabilidade, nem apresentam reformas. São documentos para Bruxelas ver" denuncia Maria Luís Albuquerque.
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Para a antiga ministra das Finanças do Governo PSD/CDS-PP, um Governo "responsável" estaria a "aproveitar as circunstâncias favoráveis para reformar o país" e "para tornar Portugal menos vulnerável a uma eventual nova crise", considerando que "o Governo tinha a obrigação de tirar Portugal do rating do lixo".
"Nada nestes documentos indica esse caminho", lamentou, no parlamento, a antiga governante.
Para o PSD, o Governo apoiado pela esquerda só tem "preocupações para com a banca", esquecendo as empresas. "O que fica agora claro é que para este Governo e os partidos que o apoiam - o PCP, o PEV e o BE - só a banca merece cuidados e preocupações. Amigos mesmo, só dos bancos", disse.
Para a antiga titular das Finanças, o que o Governo apresenta "é muito curto". E prossegue: "Portugal já perdeu um ano ao interromper, em 2016, a trajetória de crescimento, e continua a haver uma grande falta de ambição nos documentos" que estão hoje em debate.
"Temos uma maioria governativa, que só minoritariamente se revê nos documentos, mas que, ainda assim, prefere expressar um suposto desagrado com palavras inconsequentes e manter-se no aconchego do poder", acusa Maria Luís Albuquerque.