O PSD reconheceu que o corte em um nível do 'rating' de Portugal pela Fitch é «negativo», mas ressalvou que a agência de notação financeira acredita, pela primeira vez, que as metas orçamentais vão ser cumpridas.
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«A Fitch baixou em um nível o "rating' de Portugal, não é uma notícia positiva, com certeza, e baixou essencialmente devido às preocupações com o crescimento económico no nosso país», afirmou o vice-presidente da bancada social-democrata Miguel Frasquilho, em declarações aos jornalistas no Parlamento.
Contudo, acrescentou, pela primeira vez a agência de notação financeira «acredita que as metas orçamentais vão ser cumpridas em Portugal, quer em 2011, quer em 2012» e refere que o Orçamento do Estado para 2012 é um documento «bem desenhado e que permitirá em princípio cumprir os objetivos orçamentais».
«Se há uma notícia negativa que é o corte do "rating', há este aspecto positivo que nos deixa a esperança de que a partir de 2013 Portugal estará numa posição menos desfavorável para enfrentar o contexto que também é um contexto adverso a nível orçamental», sublinhou o vice-presidente do grupo parlamentar do PSD.
Questionado se considera que esta decisão da Fitch dá «razão» aqueles que dizem que o Orçamento do Estado para 2012 irá trazer grandes problemas ao crescimento da economia, Miguel Frasquilho lembrou que desde que o memorando com a "troika' foi assinado que se soube que em 2011 e 2012 iriam ser anos de «recessão profunda».
Miguel Frasquilho reiterou ainda a confiança do PSD de que apesar do Orçamento do Estado para 2012 ser «muito duro, muito exigente, porventura, injusto» esse é o único caminho.
«Julgo que não haveria Orçamentos justos na situação em que Portugal se encontra, nós temos a convicção que é este o caminho que temos de trilhar, não temos alternativa», vincou.
A agência de notação financeira Fitch cortou hoje o "rating' de Portugal em um nível, de BBB- para BB+, passando a nota do país para um nível já considerado "lixo' ("junk').