A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia vai pedir esclarecimentos ao Governo e aos grupos parlamentares sobre os impactos que as medidas previstas no Orçamento do Estado para 2016 vão ter no funcionamento da PSP.
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A Associação Sindical dos Profissionais de Policia espera conseguir estes esclarecimentos na próxima segunda-feira, quando se reunir com a Ministra da Administração Interna. Entre as questões a esclarecer, Paulo Rodrigues, disse à TSF que o Orçamento de Estado não faz qualquer referencia a atualizações remuneratórias.
Já entre as preocupações da associação dos profissionais da Guarda, César Nogueira sublinha que o efetivo está cada vez mais envelhecido e desmotivado, razão pela qual também vai pedir esclarecimentos à tutela.
"Após a leitura do Orçamento do Estado para 2016, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia entende que é necessário, por um lado, perceber em concreto as medidas previstas no documento, que estão apresentadas de forma genérica ou muito superficialmente e, por outro, esclarecer os impactos que estas medidas poderão ter no funcionamento da PSP ou mesmo na segurança interna do país", refere o dirigente da ASPP.
A despesa consolidada para a segurança interna no Orçamento do Estado para 2016 totaliza 1.964 milhões de euros, menos 0,2% do que em 2015, segundo a proposta do Orçamento do Estado entregue no parlamento.
O OE prevê também que as passagens à reserva e pré-aposentação ficam suspensas em 2016 para os militares da GNR e o pessoal com funções policiais da PSP, SEF, PJ, Polícia Marítima e corpo da Guarda Prisional.
Paulo Rodrigues considera que os elementos da PSP ficam excecionados, porque os 400 polícias que vão sair para a pré-aposentação este ano ficaram definidos em dezembro de 2015, quando entrou em vigor o novo estatuto da PSP.