Puratos assinala 50 anos com novos palatos e envolvida num novo centro de I&D em Sintra
Enquanto “cozinha” um novo investimento, com mais dois parceiros, para erguer um Centro de Investigação e Desenvolvimento em Sintra, a Puratos garante que não basta celebrar 50 anos dedicados à padaria e pastelaria em Portugal. É preciso investir em novos produtos.
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A Puratos promete novos palatos e novos produtos de bens alimentares na área da pastelaria, padaria e chocolate a lançar ainda este ano em Portugal, que estão a ser elaborados com base no estudo anual sobre hábitos de consumo, que em 2024 indica que os portugueses são o povo mais exigente do mundo, no que toca à origem das matérias primas e processos de fabrico de produtos alimentares, premiando os métodos mais sustentáveis.
A empresa nasceu há mais de um século em pleno coração de Bruxelas, pela vontade de pai e filho começarem um negócio na Bélgica, na área da produção de padaria, pastelaria e chocolate.
Depressa o negócio evoluiu e num século alcançou uma equipa de 10 mil colaboradores, presença em 82 países e uma rede de 115 centros de inovação para além de 65 fábricas.
A Portugal acabou por chegar 3 anos antes da Revolução do 25 de Abril, mas tem estado a assinalar meio século de existência com 140 trabalhadores, 3 unidades laboratoriais e um investimento de 2% dos lucros anuais globais em investigação e desenvolvimento.
Para Ivan Mello, o diretor geral da Puratos em Portugal, a palavra de ordem é a inovação. A empresa já instalou em solo português, três unidades laboratoriais e tem um novo centro de I&D em curso, com dois parceiros previsto para o próximo ano em Sintra.
Mas as exigências de consumo no presente é o que mais absorve o gestor focado numa operação nacional que passa pela produção, consultoria e suporte técnico a clientes de todas as dimensões (artesanal, retalho, indústria e semi-indústria, food service).
Garante TSF estar a desenvolver produtos novos com base em sabores locais ( como por exemplo, a Pêra do oeste, a Maçã de Alcobaça, ou a Laranja do Algarve) centrados nos departamentos de Investigação e Desenvolvimento dos 3 centros de inovação em território nacional, um dedicado à panificação, outro à pastelaria e o terceiro virado para o chocolate, que vai buscar a paises emergentes em redor do Equador, com os quais deixa parte das receitas para benefícios sociais das populações locais.
Nada é feito ao acaso, mas antes elaborado a partir do estudo que baptizou de "Taste Tomorrow", que analisa indicadores e tendências de mercado e este ano, afirma que “ficou patente que o consumidor nacional procura, cada vez mais, produtos pautados por altos padrões de sustentabilidade, saúde e bem-estar, bem como, claro, a utilização de ingredientes nacionais”.
Ivan Mello considera que o povo português é dos mais exigentes do mundo em matéria de produtos sustentáveis. Adianta que mais de 70% dos inquiridos exigiu saber a origem das matérias primas, processos de cultivo e fabrico, premiando modos mais sustentáveis, inovadores, bons para a saude e bem estar, no processo de produção de bens alimentares, concluindo que é para esse objetivo que a empresa trabalha, depois de um ano em que viu as receitas crescerem para os 47 milhões de euros.
