Um ano depois de ter sido anunciado, o Programa Revive está de boa saúde e vai ter uma segunda fase em 2018. É a garantia da secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, em entrevista à TSF.
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Ana Mendes Godinho faz um balanço "muito positivo" de um programa que "demonstrou que é possível por o património a uso e a ser um ativo para as regiões onde se insere" e que tem "grande aptidão também para captar investidores e investimento".
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Lançado no final de 2016, o programa Revive tem como objetivo a recuperação e valorização de vários monumentos do património cultural e histórico nacional. O Estado começou por integrar no programa 30 edifícios - entre mosteiros, conventos, fortes e antigos quartéis - todos sem utilização, deixados ao abandono ou perto da ruína. Depois passaram a ser 33 os monumentos incluídos na lista e para 2018 está a ser preparado um novo pacote de 40 monumentos para concessão turística.
Em 2017, ano de preparação em que foi feito o levantamento arquitetónico dos imóveis do Revive para a sua avaliação, foram lançados os quatro primeiros concursos. Dois estão concluídos - o Convento de São Paulo, em Elvas, e os Pavilhões do Parque, nas Caldas da Rainha; um está em finalização - o Hotel Turismo da Guarda,; e o concurso da Quinta do Paço de Valverde, em Évora, termina a 2 de fevereiro de 2018.
Em entrevista à TSF, a secretária de Estado do Turismo garante que no próximo ano os concursos vão ser lançados com mais frequência porque o "trabalho de montagem de todo o processo, de levantamento arquitetónico de todos os edifícios e de estudos patrimoniais" está concluído.
"Temos neste momento mais três concursos prontos a lançar para o Convento de Santa Clara, em Vila do Conde, o Forte de São Roque, em Lagos, e a Coudelaria de Alter, em Alter do Chão", anuncia.
Os concursos já lançados tiveram sempre interessados, acrescenta a secretária de Estado, e chegaram ao Governo "cerca de 365 pedidos de informação - nacionais e estrangeiros - sobre vários imóveis do Revive".
Sobre a segunda fase do programa, Ana Mendes Godinho não revela detalhes, mas garante que "será apresentada em 2018". Em novembro, o ministro da Economia Manuel Caldeira Cabral levantou um pouco o véu e anunciou que as concessões turísticas serão alargadas a mais 40 monumentos ao abandono.
As concessões turísticas podem ser válidas por um período que varia entre 30 a 50 anos e que pode ser, ou não, renovado.