Um ano após excluir as propostas iniciais por excederem o preço base e do relançamento de novo concurso, o Metropolitano de Lisboa abriu as propostas e há três portuguesas e uma espanhola entre os concorrentes à construção da linha violeta: FCC Construciónes, MasterStylo, Mota Engil e Teixeira Duarte
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Foram abertas as propostas referentes ao concurso público internacional para adjudicação da empreitada de conceção e construção do metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures, designado como linha Violeta, informou esta quarta-feira o Metropolitano de Lisboa.
Segundo a empresa, há quatro concorrentes: a espanhola FCC que inclui a Fergrupo, a MasterStylo, a Moa Engil e a Teixeira Duarte.
O valor base do contrato ronda os 677,5 milhões de euros, acrescidos de IVA para concretizar um sistema de metro ligeiro de superfície que ligue os concelhos de Loures e Odivelas.
O projeto prevê a criação de 17 estações nas freguesias de Póvoa de Santo Adrião, Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças, numa extensão de cerca de 11,5 kms, sendo 12 estações à superfície, três subterrâneas e duas em trincheira.
Depois de divulgados os nomes dos concorrentes, os valores das propostas apresentadas serão divulgados no prazo legal para a decisão de eventuais reclamações sobre a lista de concorrentes.
O investimento total na linha Violeta será de 677,5 milhões de euros, sendo que 77,5 milhões de euros destinam-se aos custos com expropriações e a todas as assessorias ao projeto, das quais se destacam a revisão de projeto e a fiscalização da obra.
A materialização da linha será financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência, pelo Fundo Ambiental, pelo BEI – Banco Europeu de Investimento, por fundos europeus e pelo Orçamento do Estado.
A linha Violeta é um projeto de expansão da cobertura intermodal da atual linha Amarela do Metropolitano de Lisboa que resulta de um protocolo assinado, em julho de 2021, pelo Metropolitano de Lisboa, a Câmara Municipal de Loures e a Câmara Municipal de Odivelas.
No primeiro ano de operação estima-se que a procura nessa nova linha corresponda a cerca de 9,5 milhões de passageiros, retirando cerca 3,8 milhões de viaturas individuais e 4,1 mil toneladas de CO2.
Previsto ainda um parque de material e oficinas de apoio à operação com cerca de 3,9 hectares.
No concelho de Loures, além do parque de material e oficinais, serão construídas nove estações que servirão as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, numa extensão de 6,4 km.
O concelho de Odivelas contará com oito estações que servirão as freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças numa extensão total de 5,1 quilómetros.
O primeiro concurso público referente à empreitada da Linha Violeta foi lançado a 15 de março de 2024 e resultou na exclusão de todas as propostas apresentadas pelos operadores económicos, por excederem o preço base do concurso, em média cerca de 46%.
Em comunicado a empresa explica que nesse contexto, foi necessário proceder a uma atualização do custo do investimento que se enquadrasse na atualização de preços ocorrida entre a conclusão do estudo prévio (em 2023) e o momento em que se estima iniciar o novo procedimento de contratação pública da empreitada, traduzindo-se essa atualização num acréscimo ao custo total do investimento de 150,2 milhões de euros.
Este investimento enquadra-se no âmbito da concretização do plano de expansão da rede do Metropolitano de Lisboa e tem conclusão prevista para o ano de 2029.
Ainda em cumprimento da sua missão de serviço público e compromisso com o desenvolvimento da mobilidade sustentável na Área Metropolitana de Lisboa, o Metropolitano de Lisboa prossegue, como é do conhecimento público, com a execução de um conjunto de investimentos estruturantes que visam a modernização e a expansão da sua rede.
Assim, a construção da linha Circular avança a bom ritmo para a sua fase de conclusão, enquanto se encontram já em curso os trabalhos preparatórios relativos ao prolongamento da linha Vermelha até Alcântara, prevendo-se, em breve, a consignação formal da empreitada.
Paralelamente, o Metropolitano de Lisboa participa ativamente no projeto de expansão do Metro Sul do Tejo, coordenando o grupo de trabalho constituído para o efeito, e contribuindo com a sua experiência técnica e profissional para a consolidação de uma rede de transporte integrada, eficiente e inclusiva, ao serviço da população.
