Portugal teve no ano passado uma quebra de três por cento no consumo de energia. A Quercus admite que os hábitos de consumo já estão a ser condicionados pela crise.
Corpo do artigo
No passado mês de Dezembro houve uma quebra inédita de mais de dez por cento no consumo de energia e na média do ano Francisco Ferreira, da Quercus, estima uma descida superior a três por cento.
«As surpresas que aconteceram foram, por um lado, uma redução do consumo, talvez mais significativa do que estamos à espera, da ordem dos três por cento por comparação com 2011 e 2010» e «um recorde em Dezembro, comparando com o mês homólogo de 2010, em que tivemos um queda de 10,3 por cento», revelou Francisco Ferreira.
«Pensamos que talvez haja uma mudança muito significativa de comportamentos de poupança por causa do aumento do IVA que teve lugar poucos meses antes», considerou.
Em declarações à TSF, Francisco Ferreira referiu ainda que esta mudança de comportamento está naturalmente associada à crise e à necessidade de poupança.
«As lâmpadas incandescentes já não estão praticamente no mercado, há uma maior preocupação em termos de poupança de electricidade e de algumas mudanças de comportamentos. Mas houve um factor decisivo que foi aliar a esta sensibilidade dos portugueses a questão do preço da electricidade, que acabou por fazer a diferença», vincou Francisco Ferreira.