Rangel diz que referendo sobre tratado orçamental teria consequências negativas
O eurodeputado do PSD rejeitou hoje um referendo nacional ao tratado orçamental, alegando que tal iniciativa «não tem oportunidade, nem cabimento», numa altura em que existe «confiança externa» e «expectativas positivas» em relação a Portugal.
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«[Para mim] É uma ideia que não tem neste momento nem oportunidade, nem cabimento», afirmou o cabeça de lista da coligação Aliança Portugal (PSD/CDS) às eleições europeias, interrogado pelos jornalistas portugueses no Parlamento Europeu em Bruxelas sobre a proposta anunciada hoje pelo BE nas suas jornadas parlamentares.
Paulo Rangel referiu que o tratado orçamental, que impõe um défice orçamental de 0,5% do PIB, foi acordado por 25 países, «muitos deles de fora da zona euro», e considerou que «naturalmente não vai ser Portugal, na situação em que está, a pôr em causa esse consenso».
«Seria um sinal errado, num momento em que estamos a ganhar credibilidade todos os dias na Europa, e daria uma imagem que não corresponde à situação atual, quando nosso dano reputacional foi completamente apagado», sustentou.
«Neste momento, ser Portugal a levantar este problema significaria um atraso muito grande, teria efeitos sobre os mercados, sobre os credores, sobre os parceiros europeus, criaria desconfiança e inconsistência», reforçou o social-democrata.
Segundo Rangel, a responsabilidade dos dirigentes políticos é a de «apresentar propostas para o crescimento e emprego, mantendo a responsabilidade orçamental».