É essa a convicção do economista Filipe Garcia que acredita que as agências de rating vão esperar pelos resultados das negociações para fazerem eventuais alterações.
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Depois de há menos de seis meses ter mantido o rating português ao nível do lixo e ter decidido cortar a perspetiva de evolução de "positiva" para "estável" , a Fitch deverá esta sexta-feira manter inalterado o rating de Portugal. É nisso que acredita o economista Filipe Garcia, administrador da empresa de consultoria financeira IMF.
" Não estou à espera de nenhuma alteração nem de rating, nem da perspetiva sobre rating da República Portuguesa", afirma Filipe Garcia. Para o economista, nesta altura a Fitch deverá apenas fazer um comentário cauteloso, preocupada com "a ausência de crescimento e com uma solução política que tem sido estável, mas que no estrangeiro é sempre percecionada com alguma desconfiança".
"Fico com a sensação de que o outono será mais importante para este assunto das perspetivas de rating e da notação financeira da República, tendo em conta as negociações para o Orçamento do Estado de 2017 que terão de ser feitas internamente com os parceiros do governo e externamente com Bruxelas", considera o economista.
Filipe Garcia acredita que as agências de rating vão esperar pelo resultados das negociações e por novos dados sobre as perspetivas de crescimento da economia portuguesa para fazerem eventuais alterações ao rating de Portugal.