Partidos, parceiros sociais e Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas reagiram hoje à proposta de Orçamento do Estado para 2015. O documento foi apresentado, esta tarde, pela ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque.
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O PS considerou hoje que a proposta do Governo de Orçamento para 2015 apresenta um problema central de credibilidade, designadamente na estimativa de crescimento, contém um «risco sério» de estagnação económica e fragiliza o Estado social.
Para o vice-presidente da bancada socialista, Vieira da Silva, a proposta de Orçamento, apresentada hoje pela ministra das Finanças, motiva «sérias reservas do ponto de vista da sua credibilidade».
Já o PCP, Paulo Sá fala num orçamento de ataque aos trabalhadores e «em linha» com orçamentos anteriores.
Para Filipe Soares, do Bloco de Esquerda, trata-se de um documento de continuação da austeridade.
Pelo lado dos Verdes, José Luís Ferreira , reitera a ideia de um orçamento na linha dos anteriores.
Pela maioria, Cecilia Meireles do CDS considera a proposta do executivo «responsável».
Também Duarte Pacheco, do PSD, classifica o documento de «responsável» e «assente em algumas ideias chave».
Para o secretário.-geral da UGT, Carlos Silva, a proposta de Orçamento do Estado para 2015 apresentada pelo governo é «mais do mesmo», ou seja, «penaliza os trabalhadores», os pensionistas e as famílias, que continuarão sem poder de compra.
Também o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considera que o Orçamento do Estado para 2015 reflete a «continuação de uma política de exploração e de empobrecimento geral do país».
«As linhas gerais não vão ser muito diferentes das de anos anteriores. Vamos continuar a ter um orçamento que aposta numa brutal austeridade e em mais sacrifícios», sublinhou o líder da GGTP à agência Lusa.
O bastonário da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas considera que «não há nada de novo neste orçamento».
Em declarações à TSF, Domingues Azevedo diz que o governo volta a compensar exclusivamente as contas do Estado do lado da receita. O bastonário da Ordem dos técnicos Oficiais de Contas acusa ainda o governo de «despudor» ao baixar a taxa de IRC, beneficiando as empresas e castigando mais uma vez os trabalhadores, defendendo que este orçamento devia ser mais justo na distribuição da carga fiscal.
Ouvido também pela TSF, o presidente da CIP, Confederação Empresarial de Portugal, lamenta que o OE2015 não anuncie uma redução da despesa através da reforma do Estado para estimular mais a economia. O OE
António saraiva lamenta ainda que a reforma do IRS não tenha sido mais ambiciosa. Ainda assim , o presidente da CIP felicita a redução da taxa de IRC dos 23% para os 21% no próximo ano.
Já o presidente da Confederação do Comércio de Portugal, confessa-se preocupado por não haver uma folga que alivie a carga fiscal sobre as famílias o que poderia beneficiar o consumo interno.
João Vieira Lopes classifica ainda de «irrealistas»as previsões do executivo que estimam um crescimento económico baseado no aumento das exportações.