Documento da Direção-Geral do Orçamento explica que a diminuição da despesa foi o fator mais determinante para a queda homóloga de 1,2 mil milhões de euros no défice.
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A receita fiscal subiu 5,3% até final de outubro, o que levou a um aumento da receita total de 0,5% em termos homólogos, embora com as restantes componentes da receita a mostrarem uma evolução negativa. "A redução da despesa (-1,4%) foi determinada pelo decréscimo da despesa com subsídios à formação profissional, com pessoal e com prestações de desemprego que mais do que compensou o acréscimo registado nas rubricas de investimento e de aquisição de bens e serviço", pode ler-se no documento da Direção-Geral do Orçamento.
Esta tendência deveu-se, essencialmente, ao aumento da receita de impostos indiretos (6,8%) e pelo acréscimo da receita dos impostos diretos (3,5%). A arrecadação do IVA também subiu, para 7,8%, embora abaixo dos 8,4% de crescimento acumulado até setembro, e a receita cobrada em sede de IRS caiu 1,1%, mais do que os 0,9% registados até setembro.
O défice das Administrações Públicas (AP) caiu 1,2 mil milhões de euros face ao período homólogo para 4,818 mil milhões, o que correspondeu a um saldo primário de 2,404 mil milhões. "Considerando o universo comparável, o saldo global das AP registou uma melhoria face ao período homólogo de 1.208,7 milhões de euros, explicada pelo efeito combinado da diminuição significativa da despesa e do aumento, em menor proporção, da receita".