A receita dos impostos indiretos (IVA e outros sobre o consumo) cobrados pelo Estado caiu 5,3% nos primeiros oito meses deste ano, segundo dados divulgados pela Direção-Geral do Orçamento.
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Nas contas que interessam para a troika, o défice foi de perto de 5500 milhões de euros. Este valor inclui toda a Administração Central e ainda a Segurança Social e representa uma melhoria ligeira em relação a julho.
Já quando olhamos para o subsector Estado, que é onde está o grosso do problema das finanças públicas, o défice cresceu quase mil milhões de euros em relação a julho, e está perto dos 4900 milhões de euros.
O valor é influenciado pelo pagamento de dívidas do Serviço Nacional de Saúde e pela receita dos fundos de pensões da banca, que não notam para efeitos do programa de ajustamento.
A execução orçamental mostra ainda que a receita fiscal continua no vermelho, voltou a cair, desta vez 2,4 por cento, muito por culpa do IRC e do IVA que mantém a tendência de queda dos últimos meses. No total, os impostos indiretos caíram mais de cinco por cento.
Os gastos em dívida cresceram 18 por cento, já a despesa primária, que não inclui esses pagamentos, caiu 1,2 por cento.
Os custos com pessoal diminuíram 15,5 por cento, graças ao corte dos subsídios dos funcionários públicos.