As receitas do jogo constituem o pilar da economia de Macau, e têm influência na queda do Produto Interno Bruto (PIB).
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Os casinos de Macau fecharam maio com receitas de 18.389 milhões de patacas (2.065 milhões de euros), uma queda de 9,6% face ao período homólogo do ano passado, indicam dados oficiais hoje divulgados.
Segundo os dados publicados pela Direção de Inspeção e Coordenação de Jogos (DICJ), em termos acumulados, os casinos registaram, nos primeiros cinco meses do ano, receitas de 91.906 milhões de patacas (10.323 milhões de euros), menos 11,9%.
Maio marca o 24.º mês consecutivo de quedas homólogas das receitas dos casinos de Macau.
Maio apresenta ainda o terceiro melhor desempenho mensal em termos da receita arrecadada do ano -- a seguir a janeiro e a fevereiro (o melhor).
Em termos percentuais, foi a terceira menor queda, depois das registadas em janeiro (-21,4%) e em março (-16,3%).
Macau, o maior centro de jogo do mundo, contava no final de março com 6.087 mesas de jogo e 14.297 'slot machines', distribuídas por um universo de 36 casinos.
As receitas do jogo constituem o pilar da economia de Macau, pelo que precipitaram a queda do Produto Interno Bruto (PIB), que recuou 20,3% em 2015, naquela que foi a sua primeira contração anual desde 1999, ano da transferência do exercício de soberania de Portugal para a China.
A tendência manteve-se no primeiro trimestre do ano -- em linha com o declínio das receitas do setor do jogo --, com a economia de Macau a registar uma contração real de 13,3% em termos anuais, alcançando 84.260 milhões de patacas (9.450 milhões de euros).
Para o conjunto de 2016, o Governo de Macau prevê nova queda das receitas públicas e do jogo, mas continua a esperar fechar o ano com um superavit de 18,213 mil milhões de patacas (2,12 mil milhões de euros), segundo a previsão do Orçamento da região.
A confirmar-se essa estimativa, os impostos diretos sobre o jogo cairão 16,6% em 2016.