"Reformados não podem estar à espera da Festa do Pontal para saberem se têm um subsídio pontual"
Pedro Nuno Santos considera que o PS tem uma "forma muito diferente de olhar para a sociedade e para a economia", isto porque o PSD se mostrou "disponível para reduzir o IRC em dois pontos percentuais", ao mesmo tempo que criticou a proposta de aumento permanente das pensões
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O secretário-geral do PS congratulou-se esta quinta-feira com a aprovação da proposta dos socialistas para o aumento das pensões em 1,25 pontos percentuais. Pedro Nuno Santos garante que a medida "não põe em causa o equilíbrio das contas públicas" e sublinha que os reformados "não podem estar à espera da Festa do Pontal para saberem se têm um subsídio pontual".
Em declarações aos jornalistas, o líder dos socialistas aponta que o aumento permanente do valor das reformas "melhora o rendimento dos pensionistas que, infelizmente, continuam a ter pensões muito baixas, apesar dos aumentos que foram sendo feitos ao longo dos últimos anos".
"Os reformados não podem estar à espera da Festa do Pontal para saberem se têm subsídios mensais ou um subsídio pontual. Precisam de aumentos e melhorias permanentes", defende.
Pedro Nuno Santos considera, por isso, que o PS tem uma "forma muito diferente de olhar para a sociedade e a economia", isto porque o PSD se mostrou "disponível para reduzir o IRC em dois pontos percentuais". Ora, o secretário-geral do PS sublinha que os socias-democratas criticaram a proposta do aumento das reformas por ser "uma despesa permanente", mas o mesmo iria acontecer com a descida do IRC.
Pedro Nuno acusa, por isso, o PSD de estar "dispostos a entregar milhões de euros a uma minoria de empresas" e assegura que esta despesa, também permanente, seria superior àquela que o Executivo terá com o aumento das reformas.
"O Governo não tem grandes argumentos para contestar este aumento", vinca.
Afirma, ainda, que o Executivo liderado por Luís Montenegro não é "mais responsável" do que o PS: "Tem é uma forma diferente de olhar para quem trabalhou uma vida inteira."
Questionado ainda pelos jornalistas sobre uma eventual aproximação de posições com o partido liderado por André Ventura, o líder do PS entende que essa questão "já ficou ultrapassada" nas europeias e lembra que a maioria das propostas dos socialistas "foram chumbadas com um alinhamento entre o PSD, CDS e Chega".
"Esse argumento não colhe. O PSD não se pode queixar quando o Chega se abstém nas propostas dos outros e não se queixar quando isso acontece nas suas", insiste.