PR lamenta que troika "não tenha descoberto há mais tempo" fragilidade da banca
Marcelo Rebelo de Sousa considera que tal teria evitado uma parte dos problemas durante o período de ajustamento. Sobre relatório da OCDE, "não tem alterações significativas".
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Durante uma visita às instalações do Colégio Pina Manique da Casa Pia de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado sobre o relatório da OCDE hoje conhecido - onde se destaca que a fragilidade da banca "precisa de ser resolvida o quanto antes" - tendo sublinhado que Portugal está "a dois passos de um momento importante para a consolidação da banca portuguesa" que é a venda do Novo Banco e a resolução em simultâneo do problema dos ativos problemáticos.
"Aquilo que foi uma preocupação no ano anterior e no começo deste ano foi-se compondo, está-se a compor e se há coisa que nós lamentamos é que a 'troika' não tenha descoberto isso há mais tempo. Porque se tem descoberto isso há uns quatro, cinco anos tinha facilitado muito essa decisão", defendeu.
Na opinião do Presidente da República, "mais vale tarde do que nunca" e ainda bem que as instituições internacionais descobriram que era "um problema". "Tinha-se evitado uma parte do problema se tem tido essa descoberta um bocadinho antes", reiterou.
O Presidente da República considerou ainda que o relatório foi elaborado com números "recolhidos há algum tempo", não revelando alterações significativas.
"Acho que o relatório da OCDE vem na linha da posição anterior da OCDE, portanto é um relatório feito com números recolhidos há já algum tempo e que aponta para no fundo uma linha de continuidade relativamente às previsões da OCDE quanto ao crescimento, quanto ao emprego e quanto à balança de pagamentos", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa. "Não tem alterações significativas", concluiu o chefe de Estado.
Marcelo Rebelo de Sousa defendeu também que a trajetória económica em Portugal "está correta", mas alertou que é preciso fazer "mais e melhor", "com maior rapidez e de forma mais clara".