A aliança Renault-Nissan anunciou hoje ter registado, em 2012, um recorde de vendas de 8,1 milhões de veículos, apesar da desaceleração na Europa e da quebra das vendas na China por causa da disputa territorial entre Tóquio e Pequim.
Corpo do artigo
Num comunicado, o fabricante japonês detalhou que, no ano passado, um em cada dez veículos novos vendidos em todo o mundo pertencia à aliança com o gigante francês, devido, em parte, ao impulso das suas vendas em mercados emergentes e nos Estados Unidos, bem como ao aumento anual de 80% do número de viaturas de zero emissões.
As vendas da aliança franco-nipónica, selada em 1999, subiram 1% face a 2011, fazendo de 2012 o quarto exercício consecutivo de aumento.
A Renault vendeu 2,55 milhões de viaturas em todo o mundo durante 2012 - menos 6,3 % do que em 2011 - com uma subida de 9,1% nas vendas fora da Europa, sobretudo em países como Brasil ou Rússia, segundo o comunicado.
Já na Europa, as vendas do grupo francês caíram 18% em termos anuais, em linha com o declínio geral de 8,6% da venda de automóveis no Velho Continente.
Por seu lado, a Nissan colocou 4,94 milhões de unidades nas estradas no ano passado, mais 5,8% do que no exercício anterior, fazendo de 2012 um ano recorde.
O presidente da Nissan e da aliança, Carlos Ghosn, afirmou que «2012 foi um ano desafiante devido à queda da Renault no seu histórico mercado da Europa ocidental e à tensão política na China, o principal mercado da Nissan», no qual as vendas da empresa nipónica caíram, só em dezembro, 24%.
Porém, «graças à recuperação na América e à forte procura nos mercados emergentes, temos conseguido manter a nossa quota de mercado e estamos muito bem posicionados nos mercados em crescimento», acrescentou.
O ano de 2012 foi um ano recorde para os fabricantes automóveis japoneses, que recuperaram de um fatídico ano, marcado pelo devastador tsunami, que arrasou o nordeste do Japão, afetando gravemente a cadeia de abastecimento.