O presidente da câmara de Monção diz que este projeto permitiria «revolução fundiária numa zona» em que a «agricultura corre o risco de desaparecer».
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O presidente da câmara de Monção considerou que ficou em «ponto morto» o projeto de reorganização de dois mil terrenos agrícolas na subregião do Alvarinho, que começou há 15 anos.
Após este projeto ter sido elogiado pelo Governo, o Ministério da Agricultura indicou que não há verbas para o concretizar, o que obriga a que 600 agricultores tenham que esperar pelo menos mais dois anos para concretizar este objetivo.
Em declarações à TSF, o autarca José Moreira indicou que com esta reorganização o número de proprietários baixaria de 647 para 600 e que o número de propriedades baixariam de 2200 para 890.
«Se não se faz nada agora, deitamos por terra 500 mil euros e sobretudo perdemos uma oportunidade fantástica de fazermos uma revolução fundiária numa zona em que se não se melhorar a estrutura a agrícola corre o risco de desaparecer», explicou.
José Moreira, que lembrou a necessidade de se mecanizar o trabalho das terras, porque «ninguém anda mais de enxada na mão», e de se atrair jovens agricultores, lamentou que do muito dinheiro que vem para a Agricultura nenhum venha «cá para cima».
O presidente da câmara de Monção entende que a espera até ao próximo Quadro Comunitário de Apoio em 2014 é demasiado tempo para este projeto que poderia dar aproveitamento a muitos terrenos que não o têm no momento.
O autarca diz mesmo que se «desperdiçou uma oportunidade de ir mudando a mentalidade dos agentes económicos daqui para a necessidade de se juntar propriedades, dar-lhes maior dimensão, mecanizar a atividade económica e agrícola e poder tirar partido da terra desta região».
Contactado pela TSF, o gabinete da ministra da Agrcultura indicou que os projetos de emparcelamento deixaram de ser elegíveis para o PRODER por decisão do ministro socialista Jaime Silva, o que obriga a que se espere pelo próximo Quadro Comunitário de Apoio.