O banco central norte-americano decidiu subir ligeiramente as taxas de juro e indicou que começará a reduzir gradualmente os ativos que adquiriu depois da crise financeira de 2008.
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De acordo com o comunicado divulgado após a reunião do comité de política monetária da Reserva Federal (Fed), as taxas de juro subiram um quarto de ponto percentual pela segunda vez este ano e pela terceira vez desde o início de dezembro e ficam agora entre 1% e 1,25%.
A Fed justificou a decisão de subir as taxas de referência com a "sólida" criação de emprego registada desde o início do ano, apesar do abrandamento registado recentemente.
A taxa de desemprego caiu para 4,3% em maio, o nível mais baixo em 16 anos, apesar da criação de emprego nesse mês ter sido dececionante.
A Fed notou também que as despesas dos consumidores, o motor do crescimento norte-americano, "acelerou" e que o investimento das empresas parece agora crescer.
"A atividade económica tem avançado moderadamente desde o início do ano até agora", resumiu a Fed.
O banco central também anunciou que poderá iniciar "este ano" uma redução do seu elevado balanço, começando a vender os ativos que adquiriu desde a crise financeira de 2008 para baixar as taxas a longo prazo e facilitar o crédito.
O balanço de ativos passou de um bilião de dólares em 2008 para os atuais 4,5 biliões de dólares.
Após a reunião, a Fed divulgou novas previsões económicas e mostrou-se mais otimista quanto ao crescimento e emprego em 2017. O Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano deve avançar 2,2% durante este ano, uma subida de uma décima em relação às previsões divulgadas em março.
O banco central deixou inalterada a previsão para o próximo ano (2,1%) e prevê uma desaceleração para 1,8% a longo prazo, longe dos 3% de crescimento anual prometidos pela administração Trump.
No primeiro trimestre, a economia norte-americana avançou 1,2%, um abrandamento em relação ao quarto trimestre de 2016.
Quanto ao emprego, o banco central dá sinais de otimismo e aponta para uma taxa de desemprego de 4,3% em 2017, menos duas décimas do que indicavam as previsões de março.
Em 2018, a taxa de desemprego esperada é de 4,2% (4,5% na previsão de março).
Em maio a taxa de desemprego nos Estados Unidos caiu para 4,3%, o nível mais baixo em 16 anos.
A Fed reviu em baixa as previsões para a inflação e aponta agora para 1,6% este ano, contra 1,9% em março.
O objetivo do banco central norte-americano é uma subida dos preços de cerca de 2% ao ano, uma meta que não será atingida antes de 2018, de acordo com as novas previsões.