Mesmo assim, na atividade em Portugal, o banco registou um crescimento homólogo de 8% no crédito e de 10% nos recursos de clientes
Corpo do artigo
A atividade do banco em Portugal contribuiu com 362 milhões para o resultado total, enquanto as participações no BFA e BCI deram contributo de 28 milhões, totalizando menos 12% do que em igual período do ano passado.
O BPI atribui a quebra de 5% na atividade em Portugal nos nove meses do ano à redução dos proveitos com juros decorrente do repricing do crédito com indexantes mais baixos.
Somando a atividade nacional às participações no BFA e BCI, o resultado líquido do banco totalizou 389 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2025, ou seja, menos 12% face a período homólogo.
Mesmo assim, na atividade em Portugal, o banco registou um crescimento homólogo de 8% no crédito e de 10% nos recursos de clientes.
Em comunicado, reconhece que, "todavia, o crescimento do volume de negócio não conseguiu compensar o impacto da descida das taxas de juro de mercado sobre a margem financeira, o que explica a redução homóloga de 9% do produto bancário".
Adianta ainda que a qualidade dos ativos situa-se em máximos históricos, com NPE de 1,2% e coberto a 146% e o custo do risco situa-se num nível reduzido de 0,09% e que a rentabilidade dos capitais próprios tangíveis recorrentes em Portugal ascendeu a 16,4% em setembro.
João Pedro Oliveira e Costa, presidente-executivo do BPI, citado no comunicado, refere que "o BPI continua a apresentar um crescimento consistente do volume de negócios, sustentado pela dinâmica comercial e pelo bom desempenho da economia portuguesa".
"Após o impacto da descida acentuada das taxas de juro, assistimos agora a uma estabilização da margem financeira na variação trimestral", nota.
O banqueiro destaca ainda que, "no plano comercial, destaca-se o crescimento muito expressivo na contratação de crédito à habitação, incluindo a garantia pública para jovens, e do financiamento às PME. O banco mantém também uma boa evolução na captação de poupanças, nomeadamente nos fundos de investimento e outros recursos, que cresceram 14%".
O presidente do banco também acrescenta que, internamente, continuam "a investir na renovação geracional com a contratação de 257 jovens talentos e a abertura de academias comerciais".
João Pedro Oliveira e Costa finaliza esta nota, afirmando que "o sucesso da oferta pública de venda do BFA, a maior operação concretizada em África em 2025 e a maior de sempre em Angola, que registou uma procura cinco vezes superior à oferta e atraiu 8,5 mil investidores".
O banco totaliza mil contratos no valor total de 783 milhões de euros com garantia pública ao crédito habitação jovem e assegura ainda que fez forte investimento em talento em 2025, ao contratar 257 jovens, sendo que seis em dez contratações tem menos de 30 anos.
Quanto ao compromisso com a transformação social, refere que o Programa BPI Voluntariado já beneficiou mais de 111.600 pessoas de forma direta e a Fundação "la Caixa", em colaboração com o BPI, assegura que mantém o maior programa de investimento social em Portugal, com um orçamento de 50 milhões de euros.
