A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (ANAREC) encara com preocupação o anúncio, feita na sexta-feira pelo Governo, de criar uma rede de combustíveis a baixo preço.
Corpo do artigo
O presidente da ANAREC, ouvido esta segunda-feira pela TSF, espera que o Governo não esteja a pensar numa rede dedicada em exclusivo à venda de gasóleo e gasolina low-cost.
Para evitar a falência de muitos revendedores, Virgílio Constantino espera que os planos do ministro da Economia, Álvaro Santos Pereira, incluam os postos de abastecimento já existentes.
A rede, com 60 mil postos de trabalho, está «a atravessar alguns problemas e alguma dificuldade pela quebra no consumo», alertou, considerando que criar uma nova rede não faz sentido.
O presidente da ANAREC disse ainda que pretende discutir com o ministro da Economia a possibilidade referida pela imprensa da inclusão de uma taxa de mobilidade no Plano Estratégico dos Transportes.
Para isso, Virgílio Constantino já pediu uma reunião com o governante, até porque tem algumas dúvidas sobre esta questão.
«Não sei se esta taxa vai encarecer os custos dos produtos low-cost ou se será uma taxa adicional em cima de outros impostos que já existem nos combustíveis. Há aqui uma nebulosa muito grande», questionou-se.