Uma fonte citada pela agência Lusa adiantou que a empresa que tem os direitos de concessão destas minas «não conseguiu provar junto da Rio Tinto que o projeto era viável e rentável».
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A empresa anglo-australiana Rio Tinto desistiu da exploração das minas de ferro de Moncorvo após semanas de intensas negociações entre o atual concessionário e o Governo, disse fonte fonte próxima do processo à agência Lusa.
De acordo com esta fonte, a Mining Technology Investments, que detém os direitos de concessão destas minas até 2070, «não conseguiu provar junto da Rio Tinto que o projeto era viável e rentável».
Esta fonte adiantou ainda que na base desta decisão esteve também o plano de redução de custos da empresa e uma alteração na política de investimentos que inclui o adiamento de novos projetos e a focalização do negócio na Austrália.
Este desfecho colocou em causa este projeto que envolve um investimento superior a mil milhões de euros com recursos medidos e indicados de 552 milhões de toneladas de minério e recursos inferidos de mil milhões de toneladas.
Numa primeira fase, este projeto iria permitir a criação de 420 novos postos de trabalho diretos e cerca de 800 indiretos, bem como a criação de um pólo de investigação e desenvolvimento do Nordeste Transmontano com parcerias com instituições locais e internacionais.
Contactado pela agência Lusa, fonte oficial do Ministério da Economia disse que não comentava uma «negociação em curso, nem as empresas envolvidas».