Parece um brinquedo, mas não é. Batizado de HP SitePrint é um robot que está a ser utilizado como equipamento autónomo na construção do novo Hospital Central do Alentejo em Évora e com a sua ajuda a obra leva um avanço de seis meses
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Pela primeira vez em Portugal está a ser utilizado um robô na construção de uma grande obra pública. Neste caso, a empresa espanhola Acciona, responsável pela empreitada do novo Hospital Central do Alentejo, foi quem avançou com a experiência com o HP SitePrint, para delinear tarefas de captação de dados no terreno que constam das plantas.
Filipe André, diretor de obra, já disse à TSF que com este robot foi acelerado o ritmo de instalação, com uma velocidade de layout seis vezes mais rápida do que o método tradicional, permitindo um avanço significativo dos trabalhos, ao libertar a mão-de-obra para outras tarefas da elaboração de planos e operação dos equipamentos.
O robot, HP SitePrint, é constituído por uma pequena unidade móvel, equipada com rodas e cabeça de impressão e com base nos planos inseridos no seu sistema operativo, ele é capaz e imprimir linhas e textos diretamente em superfícies.
A empresa assegura ainda que com o seu elevado desempenho e grau de autonomia, está a conseguir acelerar, de forma significativa, a execução dos trabalhos, nas divisões inteiros do edifício e já construiu 50 mil dos 140 mil metros quadrados de área útil, mantendo a precisão necessária aos traçados e reduzindo o stress físico dos topógrafos.
O projeto da autoria do arquiteto Souto Moura, avaliado em cerca de 150 milhões de euros, vai ter capacidade de servir 200 mil pessoas e está previsto concluir até 2025.
Inclui a execução de um edifício de dez pisos com capacidade para 400 camas, bem como a disponibilização de 127 mil m² de zonas verdes, a construção de um heliporto e amplas zonas de estacionamento, entre outras construções subjacentes.
Depois desta experiência nesta obra, que pretende ser referência hospitalar na região, quer a nivel técnico, quer de assistência, internamento e ambulatório, a empresa pode vir a utilizar o robot noutras obras que está a desenvolver nos 5 continentes, numa altura em que garante ser neutra em carbono desde 2016.
A Acciona está presente em mais de 40 países e registou um volume de negócios de 17 mil milhões de euros em 2023.
