Com rede 5G pública, testado sistema de reação do veiculo em tempo real, num projeto que reúne entidades públicas, privadas e académicas, com o objetivo de transformar a forma como nos movemos no espaço urbano, através da integração de sistemas inteligentes, redes privadas e veículos autónomos
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Os primeiros testes realizados esta semana usaram rede 5G da NOS e já permitem à operadora de telecomunicações confirmar sucesso na série de demonstrações públicas de condução autónoma iniciadas em Aveiro e agora pretende fazer novos ensaios noutras cidades do país, tendo por base, tecnologia mobile edge computing (MEC), no âmbito do consórcio Route 25.
Os testes terão já demonstrado como é que um veículo autónomo, neste caso, um modelo de Volkswagen Arteon Shooting Brake, consegue reagir em tempo real a informação recebida de uma câmara ligada à rede 5G, processada localmente através dessa tecnologia designada de MEC.
Ao detectar um obstáculo, o software transmitiu o alerta ao carro, que imobilizou a marcha e retomou o percurso assim que verificou que a via estava livre, esclarece ainda a Diretora de Transformação Tecnológica e Projetos de Inovação na NOS, que “para estes testes, estamos a usar a rede 5G pública que temos, o que significa que quer a rede, quer a tecnologia que temos neste momento, já suportam serviços para mobilidade autónoma. Carlos Botelho adianta ainda que “estamos também a testar o MEC, pioneiro no país, que permite um processamento de dados mais próximo do local onde são gerados e um tempo de resposta instantâneo, algo essencial para a condução autónoma.”
Esta experiencia permite à empresa concluir que a rede 5G publica e a nova tecnologia já suportam serviços para mobilidade autónoma, integrando este consórcio, designado Route 25, liderado pela Capgemini, mas que junta parceiros públicos, privados e académicos num objetivo comum de transformar a mobilidade urbana, através da integração de sistemas inteligentes, redes 5G privadas e veículos autónomos vai agora realizar mais testes deste género em várias cidades do país.
A expetativa é que num futuro próximo a condução autónoma permita ao condutor delegar tarefas ao veiculo, desde o controlo de velocidade, a escolha de faixas de rodagem, direções, estacionamento automático, ou travagens e alertas de risco de colisão.
