Com a entrada da Rússia, as taxas aduaneiras vão sofrer uma redução e a AICEP acredita que este novo mercado pode ser uma oportunidade para as empresas nacionais.
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A Agência para o Comércio Externo de Portugal (AICEP) explica nas análises que fez sobre a Rússia, que o país de Putin e Medvedev é um mercado com boas oportunidades para as empresas portuguesas nas áreas do comércio, serviços e turismo.
Afinal de contas estamos a falar de um território com 140 milhões de consumidores, onde até há poucos anos o consumo privado crescia na ordem dos 12 por cento ao ano.
A "terra dos czares" não escapou à crise, em 2009 teve um recessão de 7,5 por cento mas recuperou de forma rápida e deverá crescer perto de quatro por cento este ano e outros quatro em 2013.
A AICEP diz mesmo que o mercado russo pode vir a ser, dentro em breve, o maior mercado de consumo da Europa, já que há regiões com grande poder de compra e uma classe média/alta com muita propensão para o consumo, nomeadamente para produtos e serviços do segmento mais alto.
Se quiserem apostar na Rússia, as empresas portuguesas têm a favor alguns fatores como as boas relações institucionais ou a existência de uma ligação aérea direta Lisboa-Moscovo cinco vezes por semana.
Nos pontos negativos, a AICEP explica que as línguas estrangeiras não são o ponto forte dos russos, nem sequer o inglês é muito falado. Nesse caso, a agência recomenda que os empresários nacionais levem um interprete de português/russo para as reuniões.
Se tiverem sucesso na Rússia, as empresas nacionais podem tentar inverter o saldo da balança comercial entre os dois estados. Nos primeiros sete meses deste ano, Portugal exportou para a Rússia quase 90 milhões de euros, mas importou cerca de 360 milhões.