Os sacrifícios exigidos aos portugueses são em vão se o Governo não apresentar, até ao final deste ano, medidas para fomentar o crescimento económico. O alerta é da Sociedade de Avaliação Estratégica e Risco (SaeR).
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O sócio-gerente da SaeR defendeu, esta terça-feira, que o Governo precisa de acrescentar um capítulo ao Orçamento do Estado para 2012 (OE2012).
Para José Poça Esteves, as medidas que constam do OE2012 assentam apenas em restrições, pelo que é necessário o Governo apresentar, até ao final do ano, medidas do lado do crescimento.
«Se não houver crescimento da economia, há mais austeridade e mais sacrifícios. Ou seja, há um ciclo negro que nunca mais pára», alertou.
Na edição deste trimestre do relatório da SaeR, lê-se que a crise «não é conjuntural», mas sim de «época». Por isso, José Poças Esteves defendeu que vai para além de 2013.
O responsável disse ainda que esta crise assenta numa mudança de comportamentos face ao capitalismo, considerando que «os EUA são cada vez mais a Europa, esta cada vez mais grega e Lisboa tem-se portado cada vez mais como o Funchal».