
António Vieira Monteiro
André Kosters/Lusa
O presidente do Santander Totta alerta para a eventualidade de o comprador do Novo Banco desmantelar a instituição. António Vieira Monteiro está também contra o cenário de nacionalização.
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"A nossa posição é clara. Somos contra a nacionalização", disse Vieira Monteiro, durante a apresentação dos resultados do Santander Totta relativos a 2016, ano em que registou lucros de 395,5 milhões de euros.
O presidente do banco, que integra o grupo espanhol Santander, previu que a nacionalização do Novo Banco pode causar "alguma distorção na concorrência". "Não percebo muito bem [a existência de] dois bancos públicos e o que irão fazer", sustentou.
Além disso, lembrou que "os custos [de uma eventual nacionalização] ainda não estão determinados" e que a "experiência tem mostrado que são muitíssimo elevados".
Questionado sobre se é preferível uma venda que implique prejuízos para o Fundo de Resolução Bancário ou uma nacionalização, Vieira Monteiro reiterou estar contra a segunda e sublinhou que "é muito prematuro" colocar essa questão.
"Não conheço as condições das negociações, não conheço as propostas [de compra] e é cedo dizer que pode haver prejuízos [para o Fundo de Resolução]. Se calhar pode não haver prejuízos para o Fundo de Resolução", afirmou.
Sobre um eventual interesse da instituição financeira que preside no Novo Banco, caso este não se consiga vender neste segundo processo de venda, Vieira Monteiro voltou hoje a dizer que "o Banco Santander disse a partir de certa altura que não estava interessado".