A declaração feita hoje por Santos Pereira sobre o fim da crise junta-se às de um rol de governantes que arriscaram o mesmo prognóstico, como Manuel Pinho ou Teixeira dos Santos, mas também José Sócrates ou Passos Coelho.
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«A crise acabou, vive-se um ponto de viragem, e a questão agora é saber quanto é que a economia portuguesa vai crescer», disse Manuel Pinho no dia 13 de Outubro de 2006, em Aveiro, enfatizando que «já não se fala em recessão e investimento zero».
Em 2009, o então primeiro-ministro afirmava, perentório: «É o princípio do fim da crise», dizia José Sócrates em Agosto, no final do primeiro conselho de ministros depois das férias, e depois de ser conhecido o crescimento de 0,3 por cento da economia portuguesa no segundo trimestre de 2009.
Sócrates reforçava assim o que o seu ministro das Finanças já tinha dito, dois meses antes, quando os indicadores sobre o clima económico subiram pela primeira vez desde 2008: «Quero crer que estamos mais próximos do fim da crise do que do seu início e creio que estaremos, porventura, a passar o pior momento da crise nos últimos meses e que, como os indicadores têm vindo a acentuar, a crise está a atenuar-se», disse Fernando Teixeira dos Santos.
Decretar o fim da crise ou apontar uma data não é, no entanto, um exclusivo dos governos socialistas. Também o actual primeiro-ministro já apontou 2012 como «o ano do princípio do fim da emergência nacional», a 4 de Setembro deste ano, quando encerrou a Universidade de Verão do PSD, em Castelo de Vide.
Hoje, o ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, disse aos deputados durante a discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2012, que o próximo ano «irá marcar o fim da crise» e permitirá a Portugal retomar o crescimento da economia.