Carlos Carvalhas antecipou, na TSF, a próxima cimeira da União Europeia, num quadro de "grandes incertezas e dificuldades" para a Europa.
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N'"A Opinião" de Carlos Carvalhas, a próxima cimeira do Conselho Europeu, que acontece nos dias 14 e 15 de dezembro, vai traçar as linhas para aquilo que será o futuro da União Europeia: um caminho para o esbatimento dos desequilíbrios entre os Estados-membros ou a fuga para uma "frente federalista".
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O antigo secretário-geral do PCP considera que a cimeira europeia se realiza num "quadro d e grandes incertezas" - uma vez que o novo governo alemão ainda não será conhecido, à data do encontro - e num período de grandes dificuldades para a Europa.
Carlos Carvalhas teme, por este motivo, que os pedidos recentemente expressos pelo primeiro-ministro, António Costa, - como o fim da competição fiscal e a flexibilização a nível orçamental - não estejam à vista, em tempos próximos.
Quanto aos desejos de António Costa de uma União Europeia onde a moeda única serve todos os países, sem desigualdades entre o norte e o sul, o comentador considera que não passarão de um mito - a não ser
que o primeiro-ministro português "invente uma nova espécie de 'bitcoin'", ironizou o comunista.
Pelo menos uma conclusão Carlos Carvalhas dá como certa: a manter-se o atual modelo, manter-se-ão também as sucessivas crises na União Europeia.