No dia em que as associações de transportes reúnem com três ministros, conheça melhor o setor que faz 'rodar' a economia portuguesa.
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Depois da ameaça de protestos há cerca de uma semana, a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) e a Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas (ANTP) reúnem esta quarta-feira com o Governo para exigir medidas que minimizem o impacto do aumento do imposto sobre os combustíveis.
O presidente da ANTP avisa que depois de demasiado tempo à espera querem ações concretas e no mínimo que o preço do gasóleo para os profissionais desça para os níveis de Espanha, ou seja, perto de 24 cêntimos a menos que hoje.
Márcio Lopes diz que a ANTP tem cada vez mais dificuldades em travar os pedidos de protestos dos camionistas.
"Nós é que mexemos a economia"
Os transportes rodoviários de mercadorias movimentam, anualmente, segundo o Instituto Nacional de Estatística, perto de 147 milhões de toneladas, quase o dobro dos transportes por mar e incomparavelmente mais do que via comboio. E numa economia em que 73% das exportações portuguesas vão para a União Europeia, perto de dois terços seguem por camião.
A ANTP acrescenta que o país tem 24 mil pesados de transporte de mercadorias e emprega 40 a 50 mil trabalhadores, representando 4% do PIB. Márcio Lopes sublinha, contudo, que "se nós pararmos pára tudo pois tudo tem de ser transportado...".
Argumentos que levam o representante do setor a não perceber o que leva o Governo a "enxovalhar" os camionistas ao não responder aos sucessivos pedidos para travar o fosso dos preços dos combustíveis quando se compara Portugal com Espanha.