O chefe da missão do FMI em Portugal diz que esta questão é fulcral para os sacrifícios serem distribuídos de forma justa. Selassie admitiu ainda que a subida do desemprego foi acima do esperado.
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O chefe da missão do FMI em Portugal revelou estar «desapontado» pelo facto de os preços da eletricidade e das telecomunicações não terem descido.
Em entrevista telefónica à agência Lusa, Abebe Selassie considerou que esta questão é importante para garantir que os sacrifícios são distribuídos de forma justa por todos.
Selassie pediu o contributo das empresas destas áreas e avisou que se os preços da eletricidade e telecomunicações bem como de outros setores não transacionáveis e se não corresponderem às condições económicas, o FMI terá de rever as reformas.
Apesar de este responsável do FMI ter dito que o Governo tem feito o que pode nesta matéria, Selassie admitiu que esperava que estas reformas tivessem sido mais profundas.
O chefe da missão do FMI em Portugal reconheceu também o aumento do desemprego em Portugal foi pior que o esperado, um motivo, para além da recessão, que levou a troika a rever as metas para o défice de 2014 e 2015.
Abebe Selassie defendeu ainda que para que se criem empregos de forma duradoura em Portugal, o país precisa de completar o mais rapidamente possível o programa de ajustamento.