Começa hoje a 7ª avaliação da "troika", um exame marcado por um tema debatido desde Outubro, quando Vítor Gaspar anunciou a intenção de cortar 4 mil milhões de euros na despesa do Estado.
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A ideia, já a pensar no pós-troika, é emagrecer o Estado de forma permanente de maneira a dar ao país contas públicas mais equilibradas e que não pesem tanto na economia.
O Governo disse que queria o envolvimento da oposição, e em particular no PS nesse debate, mas ficou sozinho a discutir essa reforma, que vai quase por certo atingir as funções sociais do Estado, já que entre as áreas mais pesadas da despesa estão a saúde, a educação e os apoios sociais.
De início o Governo queria fazer o corte em dois anos, no período 2013-2014, mas entretanto já admite somar mais um ano a este intervalo, que assim termina em 2015.
O Executivo garantiu que nesta sétima avaliação iria apresentar medidas concretas e um calendário para essa reforma, mas até agora não há sinal nem de uma coisa nem de outra,
O outro grande tema em discussão neste exame é a redução do IRC. A ideia original foi do ministro da eEonomia, que queria criar uma taxa reduzida de 10 % para novos investimentos acima de 3 milhões de euros.
Houve dúvidas de Bruxelas e esse modelo terá sido entretanto alterado.
O Governo criou uma comissão, liderada por Lobo Xavier, para fazer propostas de alteração à estrutura do imposto. O Diário Económico avançou, há poucos dias, que a primeira mudança será a possibilidade de deduzir o IRC em função dos lucros retidos e reinvestidos.