Sindicato diz que trabalhadores da Tupperware estão a ser chamados para fecharem contas
Os funcionários receberam uma carta de dispensa até ao dia 7 de fevereiro. À TSF, Isabel Matias, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, refere que uma advogada, "paga pela entidade patronal, está a ajudar os trabalhadores a preencher os documentos e a orientá-los nas contas de indemnizações"
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Os 200 trabalhadores da fábrica Tupperware, em Constância, já estão em casa. Os funcionários receberam uma carta de dispensa de apresentação ao trabalho até dia 7 de fevereiro. Em declarações à TSF, Isabel Matias, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras (SITE) conta que os funcionários estão a ser chamados para fecharem contas com a empresa.
"Os trabalhadores estão a ser chamados por uma advogada, que está a ser paga pela entidade patronal para ajudar os trabalhadores a preencher os documentos todos quando houver a insolvência da empresa, a orientá-los também nas contas de indemnizações. Estão a dar por ano de antiguidade um mês e meio, o que vai além da lei geral, e é mais do que o simulador da ACT indica. E todos os prémios a que os trabalhadores tinham direito vão entrar nas contas que irão para tribunal. Informam os trabalhadores que a empresa vai para insolvência, não se sabe quando, e eles [os trabalhadores] têm um documento para estar em casa até ao dia 7", explica à TSF Isabel Matias.
Questionada sobre se os trabalhadores sabem o que vai acontecer depois do dia 7 de fevereiro, Isabel Matias responde que não: "Têm de ir perguntar como é a vida deles depois dessa altura."
O sindicato acredita que, depois dessa data, a fábrica da Tupperware, em Constância, pode entrar em insolvência. Segundo o sindicato, acredita-se que existirão compradores, mas, por enquanto, não existe qualquer proposta.
A TSF contactou o presidente da câmara municipal de Constância, mas não obteve qualquer resposta.