O presidente deste sindicato referiu que não há recursos humanos suficientes «para fazer face ao volume de solicitações a que somos chamados».
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O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos vai propor uma greve entre 26 a 31 de dezembro, num período em que as empresas fecham as suas contas.
Em declarações à TSF, o presidente deste sindicato contesta a indefinição do estatuto da Autoridade Tributária e Aduaneira e denunciou também o reduzido número de funcionários que o recente concurso de admissão de inspetores não colmatou.
«Não temos recursos humanos para fazer face ao volume de solicitações a que somos chamados quer em termos de atendimento quer em termos de backoffice que se vai acumulando», explicou José Manuel Anjos.
Este sindicalista, que frisa que um dos objetivos desta luta é a «dignificação da nossa atividade profissional», garante que se tudo ficar na mesma os trabalhadores dos impostos apenas «cumprirão estritamente o seu horário de trabalho».
«Se alguns objetivos ficarem por cumprir, a responsabilidade não é nossa. É de quem tem responsabilidades ao nível da tutela em termos de administração e que ignorou completamente os alertas sucessivos que temos vindo a fazer», indicou.
Apesar disto, José Manuel Anjos acredita que o ministro das Finanças ainda possa aceder às reivindicações dos trabalhadores dos impostos, «porque não é de ânimo leve que partimos para medidas drásticas».
«Não era o que pretendíamos fazer, mas vimo-nos obrigados a isto face a este desrespeito», conclui o presidente deste sindicato, que enviou uma carta aberta ao ministro Vítor Gaspar.