Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos relaciona demissão de Brigas Afonso com caso da lista VIP
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos reage com surpresa à notícia da demissão do Diretor Geral da Autoridade Tributária. Paulo Ralha elogia António Brigas Afonso e relaciona a sua saída como caso da lista VIP de contribuintes.
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Paulo Ralha, do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, confessa que a notícia foi «uma surpresa e uma fatalidade».
Em direto na TSF, Paulo Ralha afirmou que António Brigas Afonso «não é uma pessoa que possa ser responsabilizada em torno da lista VIP de contribuintes».
O dirigente sindical elogiou o trabalho de António Brigas Afonso, a quem atribui as características de «frontalidade, uma pessoa transparente, direto e com uma honestidade a toda a prova».
Para Paulo Ralha, a demissão do Diretor Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira está relacionada com o caso da lista VIP de contribuintes. É pelo menos essa a leitura que faz, mas não tem dúvidas que Brigas Afonso foi «apanhado de surpresa com esta lista e não conseguiu antever as consequências» do caso.
Paulo Ralha justificou, ainda, a ligação entre este caso polémico e a demissão. Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, a saída de António Brigas Afonso acontece poucos meses após ter assumido o cargo em julho. Ele «tomou posse há poucos meses. Demitiu-se tão pouco tempo depois. Só pode».
Questionado se achava que o antigo Diretor Geral da Autoridade Tributária e Aduaneira estava a par da existência da lista VIP, Paulo Ralha respondeu «não acredito que num primeiro momento soubesse. Quando teve deve ter pensado que isto era impossível de estar a suceder. Se calhar agora já chegou à conclusão que a lista existe, que a Autoridade Tributária emanou comunicados que não correspondiam à verdade e achou que, é a nossa leitura, que foi enganado».
Elogiando o desempenho do antigo diretor, Paulo Ralha considera que Brigas Afonso tomou depois « a atitude que achou mais correta».