O coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo, Branco Viana, lembra que o navio foi avaliado em 29 milhões de euros no relatório e contas dos estaleiros de 2012, mas acabou por ser vendido por cerca de 13 milhões a um armador grego.
O coordenador da União de Sindicatos de Viana do Castelo exigiu, esta sexta-feira, uma investigação ao negócio de venda do navio Atlântida que foi vendido ao armador grego Thesarco Shipping por cerca de 13 milhões de euros.
Em declarações à TSF, Branco Viana lamentou o facto de esta embarcação ter apenas sido vendida agora a «troco de saldo» e a um «preço simbólico», quando já deveria estar há muito a operar no Açores.
Apesar disto, a decisão tomada agora «evita que acumulem mais prejuízos» em relação a um navio que estava parado e que precisa de manutenção e que acabou por dar prejuízos de 40 milhões de euros ao ter sido vendido por 13 milhões.
Branco Viana lembrou ainda que a embarcação que foi rejeitada pelo Governo dos Açores deveria ter rendido pelo menos 30 milhões de euros, uma vez que foi avaliada no relatório e contas dos estaleiros de 2012 em 29 milhões.
Lembrando que a avaliação de 29 milhões já se referia a um navio em segunda mão, este dirigente sindical disse que a embarcação valeria no início cerca de 50 milhões de euros, preço que tinha sido feito num pacote de dois navios.
Em declarações à agência Lusa, Branco Viana disse ainda que eeste «foi um crime cometido contra o erário público já que o navio, novo, foi vendido a preço de saldo» e pediu «coragem para resolver o problema».
«Oxalá situações destas não aconteçam mais no país, porque depois são as finanças públicas que acabam por pagar esses crimes ou essa má gestão dos dinheiros públicos. Esperemos que a culpa não morra solteira», concluiu.