Ministro das Finanças disse que parte dos 1.600 trabalhadores passará para a nova empresa que vai gerir os ativos tóxicos do banco. Sindicato quer perceber medida.
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O Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas pediu uma reunião com o governo para perceber ao certo qual será o futuro dos trabalhadores do Banif e o que foi negociado com o Santander Totta.
Sem avançar números, o Ministro das Finanças garantiu ontem que os direitos laborais serão respeitados, acrescentando que parte dos trabalhadores passarão para a alçada do Santander Totta, enquanto outros ficarão no chamado "veículo de gestão de ativos (que irá ser criado)".
O presidente do sindicato, também deputado do PS, admite que à partida não gosta desta solução, mas primeiro é preciso falar com o governo para saber ao certo o que vai acontecer aos trabalhadores.
Rui Riso diz que a experiência diz que estas empresas veículo são uma má solução para os trabalhadores pois são sempre transitórias: "Se a empresa tiver futuro, não há mal nenhum os trabalhadores transitarem para lá".
O sindicato diz que o governo não deve repetir os erros do passado e defende que não faz sentido criar uma nova empresa para gerir os ativos tóxicos cada vez que se encerra um banco.
Rui Riso repete mesmo uma proposta que fez quando acabou o BES: usar a antiga empresa do género que nasceu do fim do BPN, até porque seria bom "aproveitar os conhecimentos adquiridos na recuperação de créditos".