Sindicatos assinalam problemas na gestão de recursos humanos no Estado
Reagindo ao facto de 14 mil funcionários públicos irem para a reforma em 2011 até Agosto, o Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado e a FESAP notam os problemas existentes na gestão de recursos humanos na Administração Pública.
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O sindicalista Bettencourt Picanço acusou o Governo de se limitar a gerir o Orçamento esquecendo as pessoas numa reacção à notícia de que 14 mil funcionários públicos se vão reformar em 2011 até Agosto, mais 13 por cento que as saídas verificadas nos primeiros oito meses de 2010.
«É preocupante na medida em que somos confrontados unicamente com uma gestão orçamental e cortes nas despesas, mas não se olha para aquilo que é a gestão das pessoas e das necessidades dos diversos serviços», acrescentou este dirigente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado.
Em declarações à TSF, este sindicalista do STE explicou que a «gestão das pessoas é aceitar a mobilidade daqueles que querem mudar de serviço e ser capaz de preencher os lugares vagos onde são necessários fazendo as auditorias para que se verifique dessa necessidade».
Bettencourt Picanço considerou ainda que é uma má prática «substituir trabalhadores por contratos de empresas em outsourcing que significa que se aumentam os custos exponencialmente e em termos orçamentais». «Depois quem paga as favas são os trabalhadores», concluiu.
Já Nobre dos Santos, da FESAP, considerou que a «gestão de recursos humanos é o calcanhar de Aquiles da Administração Pública» e receia que «lares da terceira idade e outros serviços do Estado como creches e jardins de infância» acabem por ter de fechar por falta de pessoal.