É unânime a crítica à proposta feita nas últimas horas pelo Governo, sugerindo um novo calendário para o pagamento do subsídio de Natal a pensionistas e funcionários públicos.
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Em declarações à TSF, a vice-presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado, Helena Rodrigues, não poupa na críticas à proposta do executivo. O novo plano proposto pelo Governo é recebido com desconfiança e espanto.
«Parece mau demais para ser possível. É uma confusão estranha. Não se percebe o que é que o Governo pretende atingir com esta proposta. Nós nem sequer colocamos em cima da mesa que o Governo pretenda com isto não dar cumprimento àquilo que é a decisão do Tribunal Constitucional porque de facto há aqui trabalhadores que recebem em momentos diferentes (...) não me parece haver justificação nenhuma para isto», critica.
A Associação de Pensionistas e Reformados diz que o Governo anda a brincar com a vida das pessoas. A presidente Maria Rosário Gama diz que não se entende tantos avanços e recuos.
Também a FESAP critica a proposta. À TSF, o dirigente José Abraão diz que a decisão «deixa transparecer alguma trapalhada, alguma desorientação por parte do Governo».
De acordo com a nova proposta do Executivo, os trabalhadores do Estado recebem no final de junho e os pensionistas em julho.
A proposta consta de um documento que o Governo enviou na terça-feira aos sindicatos, no qual se propõe ainda que os funcionários e pensionistas com salários e pensões entre 600 e 1100 euros recebam o subsídio em duas fases: em junho e em novembro.
Quem ganha mais de 1100 euros, só vai ter subsídio de Natal no fim do mês de novembro.
Depois da decisão do Tribunal Constitucional, o Conselho de Ministros da semana passada decidiu adiar para novembro o pagamento do subsídio por inteiro para todos os pensionistas e trabalhadores do Estado. A decisão foi revista agora na proposta entregue aos sindicatos.