Os sindicatos dos Transportes sugerem que seja o Estado a assumir o passivo das empresas de transportes, considerando que essa é a única solução para equilibrar as contas.
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A Federação Nacional de Transportes e Comunicações disse, esta segunda-feira, que, durante mais de dez anos, o Estado transferiu para as empresas públicas de transportes responsabilidades que lhe pertenciam.
Os sindicatos destacaram, por exemplo, o alargamento da rede do Metro de Lisboa suportado pela empresa com recurso a empréstimos bancários.
José Manuel Oliveira, dirigente da federação e coordenador do Sindicato dos Ferroviários, considerou que a dívida das empresas de transportes é estrutural e apenas se resolve se for o Estado a pagar.
A federação defendeu ainda que privatizar não é a solução, com o responsável a afirmar que os privados recebem mais dinheiro do que as transportadoras públicas, dando como exemplo o que Estado pagou à Fertagus em 2010.
Os sindicatos dos transportes mostraram, também, o receio de que os aumentos que entram em vigor, segunda-feira, reduzam o número de pessoas que utilizam os transportes públicos.
Por outro lado, lembraram que é preciso melhorar a interligação entre os diversos operadores.