As centrais sindicais rejeitaram, este sábado, os argumentos utilizados pelo primeiro-ministro para justificar os cortes nos subsídios da função pública.
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Para Passos Coelho, os trabalhadores da função pública ganham em média mais do que os do sector privado, sendo que cortar subsídios nas empresas não ajudaria a resolver o défice do país.
Perante esta declaração, o secretário-geral da UGT disse que o Chefe do Governo «ignora que 60 por cento dos trabalhadores da administração pública são licenciados e técnicos superiores», com grande peso de professores e médicos, por exemplo.
«Não há no conjunto do país 60 por cento de licenciados», por isso «comparar a média dos salários da função pública com a média dos salários do país é absurdo», comentou João Proença.
Na mesma linha, o líder da CGTP disse que na função pública estão juízes, magistrados, professores, médicos, entre outros, pelo que «há uma dimensão de trabalho altamente qualificado na administração pública muito superior à média do sector privado».
«Fazer comparações destas são manipulações», comentou Carvalho da Silva.
Disse ainda que, «infelizmente, na administração pública há milhares e milhares de trabalhadores com vínculo precário».