Na reunião com os responsáveis do FMI e das instituições europeias, a CGTP afastou mais medidas de austeridade e a UGT salvaguardou a concertação social.
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As centrais sindicais foram recebidas esta terça-feira pelos responsáveis do FMI, do BCE e da Comissão Europeia que estão a avaliar a situação financeira portuguesa.
A CGTP levou à reunião com a "troika" medidas que evitem o que aconteceu noutros países resgatados pelo FMI. Por exemplo, taxas de juro mais baixas e um prazo mais alargado para o cumprimento das metas do défice.
Na ocasião, a CGTP rejeitou a necessidade de mais planos de austeridade. «Vai ser preciso muita luta social. Ai de nós se entregarmos o nosso futuro a soluções tecnocratas ou a programas de pacotes sucessivos de austeridade, disse Carvalho da Silva.
O sindicalista revelou ainda recear «políticas de ortodoxia neo-liberal».
Por sua vez, a UGT espera que o acordo entre o Governo e a "troika" internacional para obter a ajuda para a economia portuguesa não coloque em causa a concertação social em Portugal.
Quanto às propostas faladas na reunião, João Proença afirmou que o subsídio de Natal e o salário mínimo não foram abordados.
O sindicalista da UGT considerou que ainda é possível negociar, mas tem de existir união. «É fundamental que Portugal apareça como uma cara unida e não dividida» disse.
João Proença salientou ainda que não quer «que através de um acordo com o FMI se crie muletas para a desregulação social».