A empresa de construção quer rescindir contrato com 940 trabalhadores, alegando que a medida faz parte de um plano de reestruturação
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Contactada pela TSF, a administração da Soares da Costa confirmou ter feito um pedido, em Abril passado, aos parceiros sociais para a reestruturação do grupo.
A empresa sublinhou que, no pior dos cenários, está prevista a supressão de 900 postos de trabalho, nunca por despedimento colectivo mas através de um plano de rescisão por mútuo acordo.
Albano Ribeiro, do Sindicato da Construção de Portugal, já pediu uma reunião com «carécter de urgência» à administração da Soares da Costa.
Ouvido pela TSF, o responsável adiantou que, no início do ano, a empresa admitiu enviar mais alguns trabalhadores para obras no estrangeiro.
Antes, Fátima Messias, da Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção Cerâmica e Vidro (FEVICCOM), explicou, em declarações à TSF, que a empresa pediu ao Ministério da Economia autorização para ultrapassar o limite de rescisões por mútuo acordo, que está previsto na lei.
A responsável sublinhou que a empresa só pode rescindir amigavelmente com 80 trabalhadores de três em três anos.
Fátima Messias disse ainda que a «redução significativa destes trabalhadores não representa um meio de garantir a viabilidade económica da empresa».
Também José Martins, presidente da Comissão de Trabalhadores da Soares da Costa, considerou «muito grave» a aprovação deste plano de reestruturação.
Notícia actualizada às 17:30