O primeiro-ministro considerou, este domingo, que a nova unidade de aquicultura da Pescanova representa um bom exemplo de como é importante investir em alturas de crise. Já Jaime Silva respondeu às críticas da Quercus sobre a localização daquela fábrica.
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Perante a unidade de aquicultura do grupo galego Pescanova, que prevê reduzir 7000 toneladas de pregado por ano e empregar 200 pessoas, José Sócrates destacou que aquele investimento demonstra a importância de arriscar durante a crise.
«Contra ventos e marés», o investimento fez-se e «a fábrica aqui está», afirmou. «É desta forma que se combate a crise, que se dinamiza a economia, que se cria riqueza, emprego e um país melhor», defendeu.
Além disso, acrescentou, esta unidade é importante porque «dá emprego qualificado» e aumenta o número de exportações portuguesas, tendo em conta que cerca de 99 por cento da produção se destina ao mercado comunitário e à exportação para países terceiros.
O ministro da Economia, que acompanhou o Chefe do Governo na inauguração daquela unidade em Mira, mostrou-se feliz, frisando que Portugal vai beneficiar muito com aquele investimento.
O investimento, na ordem dos 140 milhões de euros, inclui viveiros, uma fábrica de transformação e uma unidade para comercializar os produtos.
Dos 800 novos empregos, 200 são postos de trabalho directos e destes cerca de 20 por cento corresponde a mão-de-obra qualificada.
Na apresentação do investimento, o ministro da Agricultura e Pescas recusou as criticas da associação ambientalista Quercus, que apontou o dedo à escolha daquele local para a implementação da unidade pelo facto de ficar numa zona da Rede Natura 2000.
Jaime Silva frisou que o estudo de impacto ambiental mostrou que aquele era a «localização certa» e que a unidade foi construída na área onde os impactos ambientais «eram menores».