Em oito navios, só cinco estão em funcionamento. À TSF, a presidente do Conselho de Administração do grupo Transtejo adianta que vai pedir ao governo um reforço da frota. Quinta há greve da Soflusa.
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Os trabalhadores da Soflusa convocaram uma greve parcial de duas horas por turno para esta quinta-feira. Em causa, a falta de navios que garantam um bom serviço aos passageiros.
A empresa tem uma frota de oito navios, mas só cinco estão a funcionar. A presidente do Conselho de Administração do grupo Transtejo explica à TSF que são situações que estão fora do controlo da empresa, mas espera que toda a frota esteja operacional até junho.
Duas das embarcações da Soflusa que estão paradas aguardam a certificação de navegabilidade da Direção Geral de Recursos Marítimos. A demora deve-se a problemas com os concursos públicos para a reparação dos navios.
Num dos casos o concurso foi impugnado pelo segundo classificado e no outro não houve empresas interessadas a concorrer.
Para além destes dois barcos que aguardam o certificado, há um terceiro que continua apreendido pelo Ministério Público depois do incidente de final janeiro, quando o barco embateu no cais do Terreiro do Paço e 34 passageiros ficaram feridos.
Desde essa altura, o navio está parado para recolha provas. Marina Ferreira considera que não se justifica tanto tempo. O grupo Transtejo já apresentou três requerimentos ao Ministério Público para que o navio seja libertado.
A presidente do Conselho de Administração diz que a apreensão está a causar "prejuízo ao serviço público" prestado pela empresa, lembra que o navio pode operar e realça que "não há notícia que tenha havido, até agora, qualquer recolha de provas no navio".
Em entrevista à TSF, Marina Ferreira recorda que são muitos os passageiros que todos os dias viajam nos barcos da Soflusa e na Transtejo o tráfego tem mesmo aumentado e admite os constrangimentos causados aos passageiros.
Marina Ferreira adianta que está a ser preparado um pedido ao governo para aumentar a frota. Ainda assim, a responsável salienta que, mesmo que o reforço avance, ainda vai demorar algum tempo.
Também a possibilidade de um aeroporto no Montijo está a ser preparada pelo grupo Transtejo, em articulação com o Ministério do Ambiente. Marina Ferreira explica que, nesse cenário, a frota teria de ser adaptada e reforçada e diz que o grupo Transtejo vai participar ativamente neste processo quando for lançado o estudo de impacto ambiental.
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