A Standard&Poor's advertiu para a hipótese de se registar no futuro uma segunda redução do rating dos EUA. Já a Moody's e a Fitch entendem que ainda é prematuro pensar em tal.
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A Standard&Poor's alertou, este domingo, para a possibilidade de se vir a registar no futuro uma segunda redução do rating da dívida soberana dos EUA.
Em declarações à televisão ABC, o director-geral da empresa explicou que esta redução poderá acontecer nos próximos seis a 24 meses se a situação fiscal do país piorar.
John Chambers frisou que as autoridades devem tomar medidas para melhorar a estabilidade e procurar melhor consenso político.
Este responsável da Standard&Poor's lamentou ainda a não adopção das «recomendações prudentes» feitas por uma comissão fiscal criada pela administração Obama em 2010, que incluía democratas e republicanos, e que pedia um corte nos gastos.
Antes, Steven Hess, analista da Moody's, tinha defendido que um corte na notação da dívida norte-americana «seria prematura», em vista do acordo «para um plano de redução do défice» a que se chegou no Congresso dos EUA.
«Apesar do contexto político conflituoso e das dificuldades em chegar a um acordo, e se mesmo se o acordo não é o ideal, consideramo-lo mesmo assim um ponto de viragem na política orçamental dos EUA», acrescentou este analista, citado pelo The New York Times.
Por seu lado, também citado pelo mesmo jornal, o director das notações soberanas da Fitch, David Riley, não quis fazer comentários ao corte feito pela Standard&Poor's,limitando-se a dizer que a nota «continua a ser AAA, até ao dia em que mudar».