A agência de notação financeira admite vir a baixar o 'rating' da Alemanha, França, Holanda, Áustria, Finlândia e Luxemburgo, países que detém atualmente nota máxima.
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Em comunicado, a agência de notação financeira refere que as dívidas soberanas desses estados serão colocadas em vigilância negativa, o que significa que as notações poderão ser baixadas num prazo de noventa dias.
A S&P avisa também que vai colocar no mesmo patamar de vigilância as dívidas soberanas de outros nove paises da moeda unica.
Nesse lote está Portugal, que em seguida poderá ver o rating descer para lixo na avaliação da agência.
Sobre Portugal, a agência diz que as perspectivas para o crescimento económico e, consequentemente, as possibilidades para uma redução sustentavel da divida publica podem ser afectadas. Um cenário que pode ser agravado pelo momento de incerteza que se vive na Europa.
Na base da decisão da S&P, em termos globais, está «um agravamento da turbulencia politica e economica na zona euro».
A presidência francesa reagiu quase de imediato. Numa nota divulgada pelo Palácio do Eliseu, afirma-se que Paris e Berlim tomarão todas as medidas necessárias para ultrapassar a situação actual.
Ouvido pela TSF, o professor Manuel Farto, director do Centro de Estudos de Economia Europeia do ISEG, considerou que o alerta da S&P, com a aproximação do Conselho Europeu, que se realiza quinta-feira, pode ter um efeito benéfico.
Notícia actualizada às 23:13
[Texto escrito com o novo acordo ortográfico]