O primeiro edifício foi inaugurado no início do mês de Abril. Na TSF, o administrador Luis Rodrigues admite que o objetivo é aumentar de 14 para 26 megawatts a capacidade
Corpo do artigo
Luis Rodrigues, administrador da StarCampus, dona do Data Center de Sines, adianta à TSF que já estão a trabalhar para aumentar a capacidade do primeiro edifício do projeto de 14 para 26 megawatts.
O edifício está a funcionar desde outubro e foi inaugurado este mês com a presença de vários parceiros e dos ministros da economia e das infraestruturas.
O que já está construído representa apenas 1% do total de 8,5 mil milhões de investimento, mas já criou 50 dos mil e 1200 postos de trabalho diretos previstos até 2030. Nesta primeira fase, o espaço está ocupado na maior parte por clientes internacionais, embora também tenha alguns nacionais, sobre os quais Luis Rodrigues não pode adiantar detalhes.
Durante a visita de uma comitiva de jornalistas, no dia da inauguração do primeiro edifício, foi manifestada a intenção, por parte do representante da diplomacia norte-americana, de os Estados Unidos continuarem a investir no projeto da StartCampus. No futuro, o investimento pode ser de cerca de 30 mil milhões de dólares.
Em declarações à TSF, Luis Rodrigues fez saber que, para já, estão a trabalhar para aumentar de 14 para 26 megawatts a capacidade deste primeiro edifício, já a funcionar desde outubro, mas a ideia é, em cinco anos, aumentar a capacidade até aos 220 megawatts, com a construção dos restantes edifícios.
O projeto inclui ainda a recuperação ecológica das espécies da zona e pretende criar um campus com foco em energia renovável e reutilização de água do mar para refrigeração, de forma a ser o maior e mais sustentável Data Center da Europa.
É um investimento para executar por fases e que prevê um total de seis edifícios, com capacidade de alojar servidores de clientes mundiais. As obras para erguer o segundo edifício devem começar antes do final do ano.
Até ao momento, tem havido manifestação de interesse de vários investidores estrangeiros para sediar em Sines os seus servidores dentro do Data Center da Startcampus, incluindo americanos e embora diga que as tarifas não sejam para já um tema, Luis Rodrigues não esconde alguma apreensão face ao atual cenário de incerteza geopolítica.
O administrador considera que este é um projeto com potencial até pela quantidade de projetos de cabos submarinos previstos para Sines já com 2 amarrados e outros novos em perspetiva.
Durante a cerimónia de inauguração, Douglas Koneff, encarregado de negócios da embaixada norte-americana em Portugal, em representação do embaixador que ainda não ocupou o lugar em Lisboa, fez saber que a relação entre os dois países é de longa data e para continuar, prevendo que até 2030, investidores do seu país apostem no projeto qualquer coisa como 30 biliões de dólares (27,394 mil milhões de euros) quer do lado de lá, quer do lado de cá do atlântico, sem esquecer que Sines é um dos principais portos de águas profundas da Europa que pode e deve ser rentabilizado como tal e onde amarram cabos submarinos de grandes empresas, como a Google.
