STE apela a oposição para apresentar alternativas aos cortes nas pensões
O STE apelou aos partidos da oposição com assento parlamentar para que apresentem alternativas às propostas do Governo, reiterando que os cortes nas pensões «estão fora de questão».
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«Entendemos que os representantes dos restantes partidos no parlamento têm de, neste momento, começar a pensar em como é que vamos sair disto. Os cortes não são uma inevitabilidade», disse Helena Rodrigues, do STE, à entrada para uma reunião com o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, no Ministério das Finanças, em Lisboa.
Para a dirigente sindical, «o programa de austeridade, da forma como tem estado, não ajuda a economia».
«São vários os comentadores, são vários os especialistas, são vários os economistas que dizem que assim não vamos lá. É altura de outros começarem a pensar o que podemos fazer e é nisso que estamos empenhados», disse Helena Rodrigues, acrescentando que cortar pensões está «fora de questão».
«Esta reunião tem como objetivo a tentativa de um acordo e um acordo passará com certeza por propostas diferentes daquelas que o Governo apresentou. Os cortes nas pensões, para nós, estão fora de questão», rematou a sindicalista.
No encontro de hoje, o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, vai discutir com o sindicato a proposta do Governo que prevê a convergência das regras do regime de aposentação da Caixa Geral de Aposentações com as da aposentação da Segurança Social.
De acordo com a proposta, que já foi apresentada ao parlamento, os cortes no valor das pensões já em pagamento serão aplicados de forma progressiva às pensões acima de 600 euros e às pensões de sobrevivência de valor superior ao do Indexante de Apoios Sociais (IAS), 419,23 euros.